Amor x Paixão

Ahhh, o amor...

As palavras voam ao vento sem se dar conta de suas realidades, sentimentos, sensações, emoções... Frutos de um coração caprichosamente apaixonado,  ahhh, o amor ...

Surpreendentemente improvável, ligeiramente indubitável, deliciosamente irresponsável,   ahhh, o amor ...

Entra sem ser convidado, instala-se sem ser contratado, domina sem ser permitido, que ousado !     ahhh, o amor ...

Dividido entre o “filos” e o “storgos”, confundindo o “ágape”, com o “eros”  reinando absoluto,    ahhh, o amor ...

Mas, o que dizer da paixão, que sem medir conseqüências, e de forma avassaladora e evasiva, insiste em tomar o lugar do amor ... Prepotente e ardilosa, mas não menos contagiosa, acha abrigo e sossego.     Ahhh, a paixão ...

O dia passa, a noite vem e quando abrimos os olhos, estamos nos seus braços, deleitando indefesos, queimando nossos limites ... Que traiçoeira e fascinante,    ahhh, a paixão ...  

O que os torna tão diferentes ?  “sua essência” ... Um é absolutamente cauteloso e verdadeiro, a outra, inconseqüente e duvidosa ... Um quer ficar, a outra está de passagem ... Um é altruísta, a outra extremamente egoísta ... Que pena , tão perecidos e tão diferentes, tão próximos e tão distantes, tão concretos e tão abstratos, quanta confusão ... Se resolvem se unir então, salve-se quem puder ou quiser...                     ahhh, amor e paixão ...

Combinação quase perfeita ... Exceto, pela essência . 

“ O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”  (I Co.13.4-7)

Honra teu pai ...

No ano de 1987, li num jornalzinho de distribuição gratuita no bairro onde morava, um artigo que expunha o seguinte título: 

" Poema de autor desconhecido, vence campeonato de poesia sertaneja ".

Imediatamente abri na página indicada e comecei a ler... uma, duas vezes ... e foi o 

suficiente pra nunca mais esquecer... 

Gamela de Pau

" Não se sabe bem o tempo, nem se pode precisar,
onde foi que sucedeu, o fato que eu vou contar.
Quem me contou foi meu pai, no repique do violão,
eu ainda era um menio, numa tarde de verão.

Dizia que havia um homem, de maldade sem igual,
que viveu lá no sertão, na fazenda Taquaral.
Muito rico e abastado, seu nome era Nicanor,
tinha uma linda familia, dois filhos e dona Flor.

O seu pai ficou doente, e veio com eles morar,
era viuvo o velhinho, incapaz de trabalahar.
Nicanor a contragosto, para não contrariar,
na casinha do terreiro, deixou ele ali ficar.

O velho já não andava, e as forças ele perdia,
pois a doença maldita, sua carne ela comia.
com nojo de sua doença, com medo dela pegar,
Nicanor não via o pai, nem mesmo pra conversar.

Pra não misturar os pratos, canecas e nem panela,
pro velho poder comer, Nicanor fez uma gamela.
Mas os netinhos queridos, que não tinham ambição,
conversavam com o vovô, pra pedir sua benção.

Mas o destino cruel, contra quem não há guarida,
numa tarde de inverno, roubou do velho a vida.
Muitos anos se passaram, depois que ele morreu,
ninguem mais se recordava, do que aí aconteceu.

Numa noite de natal, todos estavam contentes,
depois do culto, na festa, foram abrir os presentes.
Qual surpresa Nicanor, ao ver o seu nome escrito,
seguido de uma trovinha, num embrulho esquisito.

"Talvez isto seja útil, um dia na sua vida,
quando não lhe derem, mais no prato sua comida".
Ele então rasgou o embrulho, com uma raiva sem igual,
tinha dentro do pacote, uma gamela de pau.

Dizem que ficou louco, e saiu a perambular,
foi-se embora com a gamela, pra nunca mais voltar.
se acaso alguém ouvir, nas noites de escuridão,
um barulho de gamela, lá pras bandas do sertão,
levante os olhos ao céu, e faça uma oração,
pra ajudar o Nicanor a alcançar a Salvação. "



(Autor desconhecido)

Escatologia - Doutrina das Ùltimas Coisas (Parte 3)

Juízo  final

O julgamento do Grande Trono Branco, o “Juízo Final ”, ocorrerá logo ao fim do governo milenar de Jesus Cristo. Este será o julgamento final de todos os homens ímpios que morreram, ao longo da história, os que sobreviveram durante a tribulação, mas que não aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador , e também será o julgamento final da morte e do inferno.

"E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados  pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo." (Ap.20.11-15). Os salvos em Cristo não passarão pelo vexame desse julgamento, uma vez que já estão glorificados por Cristo; “ Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo ...” (Ap.20.6), 

pelo contrário, os santos vencedores estão assentados em tronos como assistentes de Cristo no julgamento final; ( I Co.6.2-3; Ap.20.4).

Novos céus e nova terra

Deus irá desfazer todo o universo, mas irá proteger os seus com o poder de Sua mão; “Naquele dia, o Senhor castigará, no céu, as hostes celestes, e os reis da terra, na terra” (Is.24:1,19-21),  “Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e a folha da figueira” (Is.34:4), e irá criar “Novos Céus e nova Terra”; “ Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas” (Is.65:17). Estes novos Céus e Terra serão absolutamente livres do pecado e de toda sua maldição, onde habita a justiça, coisas totalmente novas; (Is.66.22; II Pe.3.22), a morte já não existirá,  nem pranto; “ Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos...” (Is.25:8), porque as primeiras coisas passaram; (Ap.21.1). “ E ali nunca mais haverá maldição contra alguém ... não haverá mais noite ... porque o Senhor Deus os ilumina, e reinarão para sempre.” (Ap.22,5,17)

“ E o Espírito e a esposa dizem Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida ... Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus ! "

                                                                   (Ap.22.17,20)

Escatologia - Doutrina das Ùltimas Coisas (Parte 2)

Grande Tribulação

 Após o arrebatamento da Igreja terá início um período de grande sofrimento, angústia, dor, desespero e perseguição sem paralelo em toda a história da humanidade; “ Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais" (Mt 24.21), é identificada na Bíblia como: "o dia do Senhor" (Sf 1.14); "tempo de angústia de Jacó" (Jr 30.7); "a grande angústia" (Dn 12.1); "o dia da vingança"(Is 63.1-4); "o dia da ira de nosso Deus"(Sl 110.5),"grande aflição" (Mt.24.21); "a hora da tribulação" (Ap 3.10); "grande tribulação" (Ap 7.14)..., acontecerá em duas fases distintas:

No início, o Anticristo, fará uma aliança com Israel e prometerá prosperidade, paz e segurança;  "Ele confirmará uma aliança com muitos por uma semana ...” (sete anos); (Dn 9.27 a), transcorrido metade do tempo previsto, (três anos e meio ou 1.260 dias), quebrará o acordo; “... mas na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de cereais" (Dn 9.27 b), é o fim da aparente paz e segurança; (I Ts.5.3), profanará o templo em Jerusalém e só admitirá culto e adoração a ele próprio. "E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei...” (Dn 7.25).

Julgamento das Nações

Jesus  revelou que na sua vinda em glória, com todos os santos anjos, as nações reunidas diante dele serão divididas em “ovelhas” (os justos) à sua direita e os “bodes” (os ímpios) à esquerda; Os justos irão para a vida eterna; “ E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”, e os ímpios para o castigo eterno; “ Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos ”; (Mt.25.31-46).  Estarão ali, também, as nações que não se aliaram ao Anticristo e que sempre reconheceram Israel como a herança de Deus. A essência desse juízo é o julgamento dos opressores do povo judeu;  "Congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem eles espalharam entre as nações, repartindo a minha terra, Ajuntai-vos, e vinde, todos os povos em redor, e congregai-vos (ó Senhor), faze descer ali os teus fortes! Movam-se as nações e subam ao vale de Josafá; porque ali me assentarei, para julgar todas as nações em redor. Multidões, multidões no vale da Decisão! Porque o dia do Senhor está perto no vale da Decisão"  (Joel 3.2, 11- 14).

Milênio

Período de mil anos em que Cristo reinará na Terra; “ E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.” (Ap.20.4). Depois da Grande Tribulação; prisão do Diabo; destruição do Anticristo, e seus exércitos e do falso profeta,  julgamento das nações "vivas" (Mt.24.30; Ap. 20.2). Participarão os salvos de todas as épocas, os fiéis do Antigo Testamento; a Igreja, e os salvos vindos da Grande Tribulação, todos em corpos espirituais e glorificados; (1Ts.4.16-17; Ap.19.14; 20.4-6).  Por possuírem corpos glorificados, transitarão tanto na Terra como no Céu.  Os judeus salvos  da Grande Tribulação; os gentios poupados no julgamento das nações; os nascidos durante o Milênio é claro em seus corpos naturais, Somente os salvos serão admitidos no reino de Cristo (Mt.25.37; Is. 26.2; 60.21).  Haverá perfeita comunhão entre os homens e os animais; (Is.11.6-8), profundas transformações na natureza; (Is.11.15; 41.18), Os habitantes da Terra viverão mais tempo;(Is.65.20-22), Enfim, haverá paz e prosperidade na Terra (Is.2.4; 35.1-2).

Escatologia - Doutrina das Ùltimas Coisas (Parte 1)

Escatologia

Escatologia tem origem em duas palavras gregas “eschatos” (último, fim de uma era) e “logos” (estudo, ensino)  Escatologia significa "Estudo das Últimas Coisas" ou "das Coisas Futuras".

A doutrina das ultimas coisas estuda os acontecimentos que ainda estão por vir através do que nos diz a Palavra de Deus. Os crentes devem ter clara noção acerca das profecias bíblicas pois elas são de suma importância para o real entendimento de várias doutrinas, como por exemplo, a que nos dá a segurança da eterna salvação proporcionada pelo sangue de Cristo, negligenciar este ensino é negligenciar nossa salvação, pois é para estas mesmas coisas, e para ficarmos livres de muitas delas, que fomos salvos.  Vejamos a seqüência destes eventos:

A segunda vinda de Cristo

Jesus prometeu voltar. Em várias ocasiões Ele afirmou que voltaria. Não mais para "...buscar as ovelhas perdidas da casa de Israel ",(Mt.15.24)  mas para buscar a Sua Igreja para estar com Ele;  “ E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”  (Jo.14.3).

Na primeira fase de sua volta, Ele arrebatará o povo de Deus; na segunda fase, sete anos depois, fará justiça sobre as nações ímpias e estabelecerá Seu reinado por mil anos; (I Ts.4.16-17; Ap.20-22).  A primeira fase será secreta e só a Igreja sentirá seus efeitos. A segunda fase, todos O verão; “ Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.”   (Ap.1.7)

Arrebatamento da igreja

Arrebatar quer dizer raptar, levar com ímpeto, sacar com força, arrancar, resgatar, tirar.

Para os crentes significa o momento glorioso em que Jesus, na Sua volta, levar a Sua Igreja para junto de Si. O arrebatamento dar-se-á "num abrir e fechar de olhos"(I Co.15.52), em dia e hora que não sabemos; “Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.” (Mt.24.44), seremos transformados; (I Ts.4.16-17), e seremos semelhantes  a Ele;  “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.”  (I Jo.3.2).

Tribunal de Cristo

Todos os salvos no céu, após o arrebatamento, comparecerão diante de Cristo o Justo Juiz; (Jo.5.22), ocasião em que tudo será transparente; "Todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de tratar" (Hb. 4.13), e público, ou seja, o que tivermos feito por meio do corpo, de bom ou ruim, será conhecido por todos os presentes. "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal" (II Co.5.10). O julgamento será para galardoar aqueles que foram fiéis; que não enterraram seus talentos; (Mt.25.21), que souberam utilizar os dons espirituais e ministeriais recebidos; (I Co.3.12-14), que, cumpriram a missão que o Senhor lhes confiou. Estes receberão aprovação divina, recompensa e honra.  (I Co.3.8; I Co.3.14; Cl.3.24; Ap.22.12).

Bodas do Cordeiro

A expressão "Bodas do Cordeiro" define o encontro da noiva, (Igreja) com o seu noivo (Jesus), agora unidos para sempre. Esta celebração, será uma festa de grande alegria e glória. "Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe glória! Pois são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se aprontou" (Ap.19.7). Nas Bodas, o Senhor cumprimentará a todos, e todos O conhecerão de perto. Enquanto se realiza a celebração das Bodas, os que ficaram na Terra, estarão passando por uma  terrível tribulação. Ao instituir a Santa Ceia, Jesus disse aos apóstolos para que, em sua memória, comessem do pão e bebessem do cálice, e prometeu que aquela celebração seria repetida no céu: "E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai" (Mt. 26.29).

Satanologia - Doutrina de Satanás

Satanologia

Do original hebraico“Shai'tan”,ou Satã, de onde originou a palavra “Satanás” (que significa adversário) e do termo grego “diabolos”, (Diabo, acusador), e ainda do Latim “lucem ferre”que é “Lucifer”, que quer dizer (portador de luz) e o termo grego “Logos” (estudo). Satanologia, é a doutrina que estuda Satanás e seus anjos caidos.

A Bíblia parece sugerir que a mais exaltada posição no reino dos espíritos era ocupada no princípio por Lucifer, uma criatura até então, perfeita em todos os seus caminhos, desde sua criação,(Ez.28.12-15). Tendo pecado contra Deus, tentando usurpar-lhe o trono e o domínio do universo; (Is.14.13-14), Lúcifer perdia o seu estado de pureza original. Deposto da presença do Altíssimo, transformado em Satanás, tornou-se o chefe das potestades do ar; (Ef.2.2), O príncipe deste mundo; (Jo.14.30), juntamente com os anjos que haviam se aliado a ele na sua rebelião. Desde então se tem feito inimigo de Deus e de tantos quantos amam a Jesus Cristo.

As Escrituras o apresentam como Abadom e Apoliom, Belzebu, Belial, o Malígno, Satanás, a Antiga Serpente, Diabo, Acusador, O deus deste século, Homicida, Pai da mentira, Tentador dos santos, ... Por vezes na bíblia ele é comparado a um passarinheiro, um semeador de joio, um lobo, um leão que ruge, serpente, dragão ... Satanás é um ser dotado de personalidade, autoconsciência, intelecto, emoções,e vontade própria, é um ser astuto, hostil, inimigo declarado de Deus e dos homens. Exerce habilidade executiva, tenta, cita as Escrituras, acusa, aflige, e opera sinais. (Ap.9.11; Mt.12.24; II Co.6.15; Lc.10.18; Ap.20.2; I Pe..5.8; Ap.12.9-19; Jo.14.30; II Co.4.4; II Tm.2.26; Mt.13.28; I Jo.3.8; Jo.8.44; IICo.11.13; Mt.4.3; Jó.1.9-10; Ap.19.20).

Os anjos que mantiveram a sua integridade e lealdade a Deus, foram confirmados em santidade; sua obediência se tornou habitual e sua bondade se tornou qualidade de seu caráter, por essa razão, são chamados de “santos anjos”.  Assim como Deus dispõe de anjos que se comprazem na realização de seus desígnios, Satanás também possui os seus “anjos caídos”, demônios dispostos a levar a efeito todos os seus maléficos planos a qualquer momento, em qualquer lugar, prejudicando o homem, causando-lhe males na alma e no corpo;  (At.5.16).

Com base no livro do apocalipse, deduz-se que, um terço dos anjos criados por Deus no princípio, se juntaram a Lúcifer na sua maldade e decadência;  (Ap.12.4),  tornando-se  passiveis de juízo. “ E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia; ”  (Jd.6).

Todavia, Satanás e seus demônios estão limitados e sujeitos a Deus, e nada podem realizar sem que o Altíssimo lhes conceda permissão; “Disse o Senhor a Satanás: Muito bem, tudo o que ele tem esta no teu poder, mas somente contra ele não estenda a mão. Então Satanás saiu da presença do Senhor.” (Jó 1:12) Sendo uma criatura, é portanto limitado, não é onisciente, nem onipotente, e nem onipresente. Sua ação pode ser resistida pelo crente; “ Sujeitai-vos pois, a Deus. Resisti ao diabo e ele fugirá de vós. ” (Tg.4.7), e repreendida por ele; (Mc 16.15).

Vencido por Jesus desde a criação, no deserto e na Cruz, seu juízo e condenação já estão descritos desde o princípio. Expulso de sua posição original, (Ez. 28:16; Is.14:12), com Julgamento pronunciado no Éden (Gn. 3:14-15)  Julgado na cruz (Jo 12:31).   Será lançado no fogo eterno, “gehenna, tartaroo”, (Mt.25.41; Dn.12.2), para sempre, castigado na consumação dos séculos.   “ E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão.Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo ... E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.”  (Ap.20.1-3,10).

Angelologia - Doutrina dos Anjos

Angelologia

Do termo grego “ággelos", e do latim “angelus” (anjo) que por sua vez deriva-se do hebraico,“malak” Seu significado básico é "mensageiro" (desígna a idéia do ofício de mensageiro) e “logos”(estudo,tratado).

Angelologia,é a doutrina que estuda os anjos e suas espécies.  Os anjos são parte especial da criação de Deus, não são eternos como Deus, nem auto-existentes, mas criados como foram as demais coisas. Expressões tais como: “exércitos dos céus”, “miríades”, “soberanias”, “principados”,“potestades”, “dominações”, “tronos’, são expressões figuradas geralmente aplicadas na bíblia aos anjos.  A bíblia não afirma quando eles foram criados, apenas,da a entender que isso aconteceu num princípio remoto e que Deus Se alegrava com eles. “ Onde estavas tu ... Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam ? ”  (Jó.38.4-7)

Os anjos são seres de natureza espiritual, ministradores a serviço dos santos, (Hb.1.13-14), em determinadas circunstancias podem assumir a forma de homem,... (Gn.18.1-2; Dn.8.15-16; I Rs.19.5-7; Lc.1.11,26-29; Lc.2.8-9). Falando do estado espiritual dos ressuscitados, Jesus disse que os anjos são assexuados; (Mt.22.30), criados espíritos inteligentes; (II Sm.14.20), são incontáveis; (Ap.5.11), são poderosos; (Mt.28.2; II Rs.19.35), alguns tem asas; (Is.61-4), anunciadores de boas novas; (Jz.13.3; Lc.1.11-13), não aceitam adoração; (Ap.19.10; Ap.22.8), Estiveram a disposição de Deus ,desde o princípio da criação e estarão também  na consumação dos séculos; (Mt.24.31; Mt.16.27; Mt.25.31), tem classificações e funções hierárquicas; ( Cl.1.16).

Arcanjo – O prefixo “arca” em arcanjo, sugere um anjo chefe, principal ou poderoso. Assim, Miguel é um anjo acima de todos os anjos, reconhecido como sendo um dos príncipes dos céus. Uma espécie de guerreiro angélico, administrador de Deus para o juízo.(Dn.10.13; Jd.v.9; I Ts.4.16)

Serafins – Deduz-se que a função doa serafins, é de louvar a Deus e de promover sua santidade. A bíblia mostra-os estando acima do trono de Deus, e são apresentados possuindo asas, pés, rosto, pés e mãos. (Is.6.1-7)

Querubins – São apresentados na bíblia como seres reais e poderosos, e simbolizam as coisas celestes. Foram incorporados no plano do tabernáculo e na arca da aliança,(Ex.25.17-22), aparecem como cheios de olhos, circundados por rodas dentro de rodas, e guardando a árvore da vida no Eden.  Deus aparece entronizado acima dos querubins; ( Ez.10; Sl.80.1; Sl.99.1; Gn.3.24).

Gabriel – A bíblia apresenta Gabriel como alguém que assiste diante do trono de Deus, anunciador de boas novas, e de eventos futuros , (Lc.1.19; Dn.8.15-16; Dn.9.21-22).

Anjo do Senhor - A primeira aparição bíblica do "Anjo do Senhor", chamada “Teofania” (Quando Deus aparece em forma humana.),foi para Agar, no deserto (Gn 16:7),depois Abraão (Gn 22:11,15), Jacó (Gn 31:11-13), Balaão (Nm 22:22-36), Gideão (Jz 6:11), e outros. Quando Manoá, pergunta ao Anjo do Senhor, o Seu nome, Ele responde: "...porque perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso ?" (Jz.13.18) Uma comparação com (Is 9:6), demonstra que o Anjo do Senhor, cujo Nome é Maravilhoso, é o próprio Senhor, Quando o Anjo do Senhor apareceu a Josué, diz a bíblia que ele "...se prostrou sobre o seu rosto na terra, e O adorou, e disse-lhe: Que diz meu Senhor ao seu servo?".(Js.5.14). Se o Anjo do Senhor não fosse o próprio Senhor, teria proibido a Josué de adorá-lo, como ocorreu em  Ap 19:10

Por mais magníficos e gloriosos que sejam os seres angelicais, tornam-se obscuros diante da inexplicável glória de Cristo, o Senhor da Glória, diante do qual hão de se dobrar todos os joelhos, dos que estão no céu, na terra e debaixo da terra.  (Fp.2.9-11).

Eclesiologia - Doutrina da Igreja

Eclesiologia 

Origina-se do grego “ekklesia” e do latim “ecclesia” que significa (igreja ou assembléia). O termo original era usado entre os judeus para designar a assembleia geral. Referia-se a um grupo de pessoas
“chamados para fora” da massa de povo que compunha uma sociedade, e “logos”, que significa (estudo). Eclesiologia é o estudo da igreja e de sua história.
 Igreja invisível (organismo, triunfante)
Entende-se por igreja a totalidade dos salvos em Cristo, dos que estão compromissados com a obra do Senhor, dos separados (santos) pela aceitação de Jesus como Senhor e Salvador. Uma assembléia de almas regeneradas que vivem em união com Cristo e com próximo, uma congregação de crentes em Jesus Cristo atraídos uns aos outros por afinidades espirituais da nova vida que cada um recebeu pelo novo nascimento, a profissão pública de fé, pelo batismo em águas e a comunhão da santa ceia.  A igreja é aqui na terra o corpo místico de Cristo, um exército que marcha triunfante. Nesta acepção, é chamada igreja invisível, a que tem vida interior, espiritual, um organismo vivo onde Cristo é a cabeça. (Ef.1,22; 5.23)
 Igreja visível  (organização, militante)
Dá-se o nome de Igreja Local ao grupo de pessoas ­chamadas de membros, unidas na mesma fé em Cristo Jesus, que se reúnem regularmente em determinado lugar, sob a coordenação e direção de um líder espiritual  (Pastor,Bispo,Apóstolo,...). Uma sociedade composta de pessoas, voluntariamente ligadas a aliança especial para manutenção do culto, verdades, ordenanças e disciplinas do evangelho.  A igreja é a comunidade do reino, mas nunca o próprio reino. Os discípulos de Jesus pertencem ao reino, como o reino lhes pertencem. (At.8.12; At.19.8; At.20.25; At.28.23,31)  Neste caso, chama-se igreja visível, ou seja, a igreja terrena, institucional, física, organizada, formal, administrativa.  Individualmente, o membro da igreja não é igreja. “E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mc. 16.18).“ Tu és Pedro ..” (petros), palavra grega designativa de pequenos blocos rochosos, fragmentos de rocha, pedras pequenas, pedras de arremesso. “ Sobre esta pedra ...” (petra), rocha grande e firme.  Logo, a Igreja seria firmada sobre a Rocha.  Jesus é a “petra”, a Rocha sobre a qual Sua Igreja está edificada (Ef. 2.20; At. 4.11; Rm. 9.33; 1 Co. 10.4; 1 Pd 2.4).  Se a Igreja é o corpo de Cristo, Pedro não poderia ser o cabeça da Igreja. A cabeça desse corpo é Jesus.  (Cl. 1.18).
Origem e Missão da igreja
No plano de Deus , a igreja já existia muito antes que qualquer outra coisa viesse a existência , isso com base no sangue do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Ap.13.8).  A origem divina da igreja, é patenteada pela sua origem histórica, bem como pela sua expansão e confirmação.  Não é possível pensar em igreja separadamente de Cristo,nem pensar em Cristo separadamente da igreja. Deus, segundo seu soberano propósito, permitiu que as eras se fossem escoando até que achou por bem tornar a igreja manifesta e conhecida. A igreja de Cristo como tal, veio a existência no dia de pentecoste, (At. 2.1-4),quando do derramamento do Espírito Santo. Assim como o tabernáculo foi construído e depois consagrado pela descida da Glória Divina , de igual modo os primeiros membros da igreja foram consagrados no cenáculo e consagrados como igreja pela descida do Espírito Santo sobre eles e dentro deles, capacitando-os com pode e autoridade espiritual para fazerem conhecida a igreja em todo o mundo.  (Lc.24.49;  At.1.8)

A igreja é (ou deveria ser) a única instituição no mundo, cuja a preocupação essencial não é o bem-estar de seus próprios membros. A razão de ser, existir e agir da igreja na terra é ministrar em nome de Cristo e evangelizar o mundo; (Mc.16.15-16; MT.28.18-20), ser lugar de habitação de Deus; (I Co.3.16), testemunhar a verdade; (I Tm.3.15), tornar conhecida a multiforme sabedoria de Deus; (Ef.3.10), edificar e disciplinar seus membros; (Ef.4.11-13; Mt.1815-17), sustentar uma norma digna de conduta; (Mt.5.13-16), cultivar a comunhão entre seus membros; (Jo.13.34-35; I Jo.1.7) e dar eterna Glória a Deus; (Ef.3.20-21).